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Bloqueios em vias na Bolívia se intensificam para evitar possível prisão de Evo Morales

Ex-presidente é investigado pelo suposto abuso de uma menor durante seu mandato em 2015

Bloqueios em vias na Bolívia se intensificam para evitar possível prisão de Evo Morales
Publicado em 17/10/2024 às 7:06

 Agricultores apoiadores do ex-presidente Evo Morales intensificaram nesta terça-feira os bloqueios de estradas da Bolívia para evitar a provável prisão de seu líder, investigado pelo suposto abuso de uma menor durante seu último mandato em 2015. Com pedras e terra, os manifestantes bloquearam o tráfego nas rodovias que conectam Cochabamba, no centro do país, com as cidades de La Paz, Sucre e Santa Cruz, segundo a estatal Autoridade Boliviana de Rodovias (ABC).

Nesta terça-feira, a ABC reportou duas novas rotas bloqueadas, que se somam às três de segunda-feira. Em Paratono, um povoado que liga Cochabamba a La Paz, foram registrados pelo segundo dia consecutivo confrontos entre civis e partidários de Morales e a polícia, sem confirmação de feridos. Os civis, em sua maioria cocaleiros, usaram pedras, fogos de artifício e fogueiras, e a polícia respondeu com gás lacrimogêneo, de acordo com as imagens da televisão Unitel.

Os protestos para proteger Morales começaram na segunda-feira, dia que terminou com pelo menos seis presos. À frente dos bloqueios está o Pacto de Unidade, uma coalizão de organizações próximas ao ex-presidente de 64 anos, que está se mobilizando “para proteger a liberdade, a integridade e (impedir) o sequestro” de Morales, de acordo com um manifestante.

Além disso, segundo o El País, os bloqueios também têm o objetivo de pressionar o governo pela falta de dólares e a escassez de combustível, dois problemas da crise econômica do país.

O governo convocou conversas com Morales na segunda-feira, mas sem sucesso.