A Câmara Federal tem sido palco de um movimento que visa o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Mesmo com chances mínimas de avançar, já que depende do apoio majoritário no Senado, a oposição protocolou o pedido com mais de 1,5 milhão de assinaturas e o endosso de 153 deputados federais.

A decisão final está nas mãos do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que já sinalizou que não colocará o tema em votação. Além disso, muitos senadores, preocupados com possíveis retaliações ou por estarem envolvidos em processos no STF, têm optado por não enfrentar diretamente o poderoso ministro.

Em Rondônia, um estado majoritariamente conservador, todos os oito deputados federais assinaram o pedido de impeachment, incluindo Maurício Carvalho, Cristiane Lopes, Silvia Cristina, Lúcio Mosquini, Thiago Flores, Fernando Máximo, Coronel Chrisóstomo e até mesmo Lebrão, que, com pendências judiciais, havia evitado se envolver diretamente no movimento.

No Senado, Marcos Rogério lidera o apoio ao impeachment, com total respaldo de Jaime Bagattoli. Contudo, o senador Confúcio Moura, alinhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, decidiu não se envolver. Essa decisão o coloca em uma posição divergente da maioria da bancada rondoniense e em desacordo com o perfil conservador do estado, que tem mostrado apoio massivo à iniciativa.

A posição de Confúcio Moura busca manter uma relação de proximidade com Lula e evitar confrontos com o STF.